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CNDH pede que bancos suspendam financiamento à Brasil BioFuels

Depois de visitar a região onde a escalada dos conflitos de terra entre os povos indígenas Tembé e a produtora de óleo de palma Brasil Biofuels deixou quatro Indigenas Tembé baleados em apenas 4 dias, o Conselho Nacional de Direitos Humanos do Brasil publicou recomendações ao BNDES, Banco do Brasil , Banco da Amazônia, Banco Genial, Itaú, John Deere Bank e Banco Safra, para suspender financiamento ao BBF.

Os conflitos com o BBF não são novos
No ano passado, um grupo do povo Turyuara sofreu um ataque armado, que deixou um (não indígena) morto. Segundo reportagem do Amazonia Real, as lideranças indígenas Turyuara acusaram o BBF de autoria do assassinato. O artigo também informa que a empresa nega envolvimento.

Em maio deste ano, o Amazonia Real também informou que o Ministério Público do Estado do Pará pediu a prisão do proprietário da BBF, Eduardo Schimmelpfeng da Costa Coelho, e do chefe do departamento de segurança da empresa, acusando-os de terem torturado 11 pessoas , todos integrantes da comunidade tradicional do Vale do Bucaia, no nordeste do Pará. As acusações também incluem a destruição de casas, carros, caminhões e roubo de celulares comunitários. Em nota, o BBF nega a participação dos citados nos crimes apontados pelo Ministério Público do Pará.

Mais informações sobre o conflito e as recomendações podem ser encontradas no Brasil de Fato, e no relatório Global Witness “Amazon Palm“, entre outros.

* Em setembro de 2023, uma carta aberta assinada por 50 signatários de toda a África, Ásia, Europa e Américas foi enviada ao Fórum de Bens de Consumo e às empresas de bens de consumo pedindo a suspensão do fornecimento da BBF até que a empresa tome medidas para acabar com todos formas de violência e intimidação contra a comunidade e até que os danos tenham sido compensados e totalmente reparados para satisfação das comunidades prejudicadas.